sábado, 4 de março de 2017


Trajetória de família

Ribeiros do Piauí
Maio de 2012, alguns dos meus familiares fizeram uma viagem à cidade de Pedro II (Piauí) e à Serra dos Matões, incluindo as localidades Pequizeiro e Tromba, que atualmente são municípios de Domingos Mourão. Dessa viagem foram postadas algumas imagens no facebook, incluindo a foto abaixo, que se refere a uma casa do povoado São João localizado na Serra dos Matões. Esse local sempre foi muito importante para os moradores do sertão abaixo da serra e também do Pequizeiro e da Tromba, porque a partir desse ponto se podia tomar um transporte até Pedro II ou voltar de carro até aí, e continuar a descida da serra, que só podia ser feita a pés.


Justo nessa foto, havia um comentário do meu irmão João Sobrinho, que na sua infância viveu nessa região com nossos avós e registrou ali um momento comovente da sua vida, então decidi por acrescentar algumas informações que dão base à sua narração, considerando que eu nasci no lugar Pequizeiro e guardo algumas lembranças dali, inclusive da história dos seus habitantes.


Casa à qual o João se refere, em São João – município de Pedro II-PI


Post de Joao Sobrinho (facebook) - 4 de maio de 2012.
“DEZEMBRO DE 1967. Foi em frente a essa casa, que houve o encontro do meu Pai com o tio Zé Viana, meu avô (Florêncio José Ribeiro), minha avó (Rosa de Souza Lima), e quase todo o povo do Pequizeiro, e tromba. Estávamos de ida para o Maranhão, quando meu pai chegou no mesmo Jeep que o meu tio tinha fretado pra pegar meus avós, e eu. DESTINO, OU COINCIDÊNCIA? Houve choros, e gritos de desespero. Minha avó chorava, gemía e gritava ao saber que o meu pai acabava de anunciar que eu não iria pra o Maranhão. Meu avô (Florêncio) tentava acalmar minha avó, mas também notei que ele estava com os olhos cheios de lágrimas. Eu por minha vez, também caí em desespero, e comecei a chorar. Estava contente, por ver meu pai que não via a anos, e ao mesmo tempo sentia uma angústia muito grande dentro de mim ao saber que eu estava perdendo tudo que eu mais amava. (meu avô e minha avó). O Jeep parte, rumo a Pedro II. Minha vó aos prantos, chorava e chamava pelo meu nome. 45 anos se passaram, mas são cenas que jamais esquecerei”. Obs.: O encontro não foi com o tio Zé Viana. Foi com o tio Joaquim Cassiana, que era genro dos nossos avós.


Antes de continuar, quero nomear os filhos dos nossos avós (nossos tios):
Francisco - casado com Genoína, pais do Gentil, Olinda, Olívia...
Maria - casada com Antonio Mombaça, pais do Zezé, Milton, Branca, Manelinho...
Manoel Ribeiro - casado com Maria Alves Viana, nossos pais.
Teodorina (Dorina) - casada com Joaquim Cassiana, um dos personagens dessa história.
Gércina - casada com João Máximo, pais da Luzia, Diomar, Nonato, Francisca, Ilda...
Antônia - casada com João Barroso, pais da nossa prima Maria, em Pedro II.
José (Zuca) - casado com Maria Alves Barbosa - pais da Santinha, do Adauto...


Essa história vem de muito longe, mas esse capítulo começou em outubro de 1953. Naquele tempo, as terras localizadas ao longo do pé da Serra dos Matões, que compreende a Tromba, ao Pequizeiro e as Melosas, pertenciam aos nossos bisavós, avós e descendentes, que incluíam nossos pais. Toda aquela região era município de Pedro II-PI nos anos 50/60. As terras, então divididas em pequenas glebas de áreas muito acidentadas, geografia íngreme e acesso muito difícil, não permitiam o cultivo de mandioca e arroz em maior escala, como queria nosso pai, o que o levava a cultivar arroz em áreas que não pertenciam à família. Essas dificuldades levaram a maioria dos habitantes herdeiros a migrarem para outras regiões, abandonando suas respectivas porções de terra, que hoje, provavelmente são áreas devolutas ao Estado.


A cerca de 80 km de Pedro II, também no interior do Estado, moravam uns parentes da nossa família, sendo uma irmã do nosso pai (tia Maria), casada com o Sr. Antonio Mombaça e uma irmã do nosso avô (tia Rosa), casada com o Sr. Basílio. Essas famílias eram numerosas e eu não me recordo dos nomes de todos.


Numa visita a esses parentes, justo em meados de 1953, nosso pai voltou de lá impressionado com a fertilidade daquelas terras, com a produtividade de mandioca, de arroz, de feijão e com a abundância de outros gêneros que produziam em São Francisco. As terras eram arrendadas pela família, que convidou ao nosso pai para morar lá também. Presumo que ele não hesitou diante do entusiasmo com as terras, então decidiu aceitar o convite e aventurar-se junto aos seus parentes.


Em outubro de 1953 num domingo de manhã, cuja data eu não me recordo - após uma despedida comovente que me marca até hoje, pelo apego que eu tinha à minha avó Rosa e ao meu avô Florêncio -, saímos de Pedro II num caminhão pau de arara, cuja metade era uma cabine de madeira e a outra parte uma carroceria comum que também levava gente. Esse misto de pau de arara e ônibus de madeira era conhecido como "horário", porque passava diariamente na mesma hora do dia.


Lembro-me de que a estrada era de terra e haviam muitas depressões ao longo dela, então eu tinha medo do carro virar, até chorava, e havia um cara chato que dizia, “vai virar, vai virar”. Naquela ocasião a Raimunda tinha menos de três anos e a Rosa apenas alguns meses. Depois de uma parada para almoço em Piripiri, continuamos a viagem e lá pelas três ou quatro horas da tarde chegamos em Capitão de Campos. Uns três quilômetros adiante foi o nosso desembarque onde já aguardavam alguns parentes que eu ainda não os conhecia e conduziram nossas bagagens em lombos de animais até a casa que já havia sido preparada pra nós num lugar chamado barros, que fica um pouco acima do São Francisco.
Não encontrei o modelo exato. O caminhão era um "misto"
igual a esse, sendo que as cabines eram abertas nas laterais


Nosso pai trabalhou muito no São Francisco! Fez roças tão grandes como nunca havia feito em suas terras, cultivou grandes áreas de mandioca e arroz, plantava gergelim em grande quantidade e logo conhecemos muita gente da região além dos parentes. Algum tempo depois o tio Zé Viana (citado na narração do João) veio morar com a gente.


Ocorreu que após uns três anos (não sei precisar), aqueles parentes decidiram por aventurar-se no Maranhão. Não me recordo quem foi primeiro, mas após conseguirem a posse de grandes glebas de terra e determinados a migrarem, nosso pai foi convidado e instigado arduamente a acompanhar a todos que empreenderam aquela aventura. Lembro-me muito bem (mesmo que tivesse apenas uns onze anos), que houve uma indisposição ou desentendimento entre nosso pai e o finado Basílio, que era o arrendatário das terras, o líder da família e também mentor daquele êxodo.


Eles foram embora, se apossaram de suas áreas de terra e constituíram ali os seus domínios, levando depois outros parentes, incluindo irmãos e irmãs do nosso pai. Não conheço em detalhes sobre a trajetória de sucesso daqueles que foram embora, mas sei que alguns prosperaram e outros nem tanto.


Daquela família toda que morava no São Francisco somente nós ficamos ali, porque até o nosso tio Zé Viana que morava com a gente decidiu por acompanhar os outros e foi embora também.


Você (irmão / irmã) pode não achar comovente, contudo, nosso pai dizia que já estava muito distante dos nossos avós (seus pais), que eles já tinham a idade avançada e por isso não iria para o Maranhão, pois corria o risco de não vê-los nunca mais.


Naquele tempo, antes da migração narrada acima, meu pai havia conseguido uma casa de um ex-procurador das terras e já havíamos nos mudado para o outro lado da estrada (São Francisco) onde moravam o tio Antonio Mombaça, o tio Basílio e outros, então continuamos morando ali. Todos os anos eu e meu pai íamos ao Pequizeiro, conduzindo animais carregados com farinha e goma de mandioca que eram vendidos na feira de Pedro II e voltávamos com redes, laranja da tromba e fumo. O que eu nunca vou esquecer é daqueles encontros emotivos que sempre ocorria na casa de nossos avós, no Pequizeiro. Nossa avó Rosa (a mãezinha) era extremamente emotiva e comovia a todos com tanto choro. Nosso avô Florêncio (o paizinho) tinha uma personalidade mais forte e menos emotivo. Verdade é que nunca conheci outra família com tanto apego familiar quanto a nossa.


Em 1958, houve uma seca histórica no nordeste e nossos avós padeceram seus efeitos com a falta de legumes e prejuízos em suas criações. No final daquele ano, nosso pai convenceu-lhes em levá-los para o São Francisco onde poderiam se refazer de parte dos prejuízos. As terras já não eram mais arrendadas como no tempo do tio Basílio e o proprietário cobrava renda por estimativa de produção, mas como as terras eram boas, nosso pai tinha muita fartura e ganhava uma percentagem por ajudar na coleta de renda de outros moradores, além de manter a guarda da sua produtividade até alcançarem preços melhores em Campo Maior, onde vendia a sua produção.


Nossos avós ficaram um ano morando no São Francisco, no período que compreende o final de 1958 até o fim do ano de 1959 e naquele tempo a idade dos nossos avós já era avançada, de sorte que nosso pai tinha um cuidado todo especial com eles.


Chegou o momento em que nossos avós queriam voltar para o Pequizeiro, um retorno contrário a vontade do nosso pai, mas eles argumentavam que queriam cuidar do que lhes sobrara e seus argumentos não podiam ser contrariados, afinal era a terra deles. Nosso pai, não podendo convencê-los a ficar no São Francisco, e preocupado com a fragilidade deles, concordou com a nossa mãe que o João (na época com 5 anos) iria ficar uns tempos com eles para lhes fazer companhia.


Imagino que a visão do nosso pai não focava a educação dos filhos a um nível maior que a alfabetização, tanto que quando eu decidi procurar um emprego na cidade ele não criou obstáculos mas também não incentivou, até o dia em que eu tomei a iniciativa (aos 16 anos) de ir sozinho numa aventura incerta procurar emprego na cidade. Com o emprego já assegurado, nosso pai me levou à Parnaíba em outubro de 1962 para assumir a nova vida, mas ele estava feliz porque na visão dele eu deixava a vida de "arrancar pé de toco" para trabalhar na cidade, onde quem sabe, poderia ser um "doutor" na linguagem dele - vejam isso: http://tinyurl.com/d63mpl3


Nosso pai tinha um amigo em Capitão de Campos, que se chamava “seu Queiroz” e este foi candidato a vereador em 1962, justo quando eu completaria 17 anos em dezembro, mas por interesse do “seu Queiroz”, meu pai me levou ao cartório local e eu fui registrado pela segunda vez (já era registrado em Pedro II) com a idade alterada em dois anos para votar na eleição de outubro. Logo a seguir eu fui assumir meu primeiro emprego - numa loja famosa daquela época - na cidade de Parnaíba-PI onde permaneci por um ano, retornando depois para o São Francisco e logo em seguida fui procurar emprego na barragem de Boa Esperança, então na fase de construção.


Era novembro de 1963 e como não consegui emprego imediato em Boa Esperança, resolvi voltar, mas fiquei em Teresina, onde estudava num grupo escolar e trabalhava em serviços eventuais como servente de pedreiro, ajudante de pintor, cobertura de casas e entre outros.


Nesse mesmo período, o proprietário das terras no São Francisco (finado Fonseca) faleceu. A viúva dele casou-se novamente e nosso pai não teve uma boa sintonia com o novo patrão. Depois de alguns desentendimentos, além do fato de nossa mãe ter perdido um filho, que não chegou a nascer, a família decidiu mudar-se para Campo Maior.


Nosso pai gostava de negociar, e naquela época ele tinha uma reserva razoável de gêneros alimentícios, então seus planos consistiam em montar um pequeno armazém em Campo Maior e comercializar arroz, feijão, milho, farinha, fumo, couros de bode e de gado, enfim (ele tinha um conhecido lá que fazia isso), daí eu imagino que ele o tomou como referência do negócio que pretendia.


Ao mudar-se com a família para Campo Maior, mesmo antes de montar seu armazém, nossa mãe adoeceu e os filhos também, inclusive ele. Com todo mundo doente, nosso pai disparou em gastar com remédios, médicos (não sei), e terminou que seus poucos recursos acabaram em pouco tempo antes de montar o sonhado armazém. Não estou certo de que fosse malária, mas era algo parecido, conforme eu fiquei sabendo.


No final de 1964, já em pleno regime militar retornei à Boa Esperança – não antes de passar uns dias com a família em Campo Maior - e desta vez consegui emprego, mas em poucos meses de trabalho contraí uma forte malária e não pudendo me tratar sozinho retornei para Campo Maior.


Foi nessa ocasião que eu conheci de perto as reais dificuldades que nossa família enfrentava em Campo Maior. Eu que desde a infância conhecia a disposição, o otimismo e a determinação do nosso pai, vi o quanto ele e a nossa mãe estavam sofrendo para manter a família com dignidade, numa carga de serviços que sinceramente, não condizia com nossos pais que eu, particularmente conhecia. Nos seus semblantes se via tristeza, desânimo, decepção e falta de perspectivas. Nossa mãe fazia bolos o dia inteiro e nosso pai os distribuía nas quitandas da cidade. Lembro-me de que ele enchia um jacá de bolos e broas, jogava nas costas e percorria os pontos de entrega na cidade.


Felizmente, o finado “Neguinho” (casado com a tia Tereza, sobrinha do nosso avô Florêncio), cedeu a sua casa e nossa família morava lá, por um aluguel mínimo. Vendo nossos pais naquelas circunstâncias, senti-me impotente e incapaz. Percebi ali que só conseguindo um emprego eu poderia mudar alguma coisa. Mas como? Aonde? Que emprego?


Voltei então para Boa Esperança em março de 1965 e felizmente consegui um emprego. Era apenas a primeira etapa, faltava resolver a questão da família. Entre eu que estava em Boa Esperança e nossos pais em Campo Maior, a comunicação era difícil, restrita a cartas, mas mantínhamos contato com frequência.


Como disse antes, vivíamos em pleno regime militar e no emprego, em Boa Esperança, eu era subordinado a um tenente encarregado de área, o qual me dava muita atenção e também me atribuía tarefas de confiança, de sorte que tornei-me auxiliar direto dele. Trabalhávamos num escritório improvisado onde ficava sua mesa de trabalho, e como sempre ele chegava muito cedo, então tínhamos um tempinho para conversar. Foi numa dessas ocasiões, após o almoço, que eu relatei-lhe o que vinha premeditando há alguns meses: pedir-lhe um emprego para o nosso pai.


Contei-lhe sobre a nossa trajetória de vida e que meu pai sabia ler e escrever muito bem, então ele disse: traga seu pai aqui, eu tenho uma vaga pra ele. O tenente se chama Wance Deus de Oliveira Antunes (não sei se ainda é vivo) e estou citando-o por reconhecimento do voto de confiança que me deu, dessa forma contribuindo com a nossa história familiar e pela amizade que cultivamos posteriormente.


Eu não chorei de alegria, mas fiquei fortemente emocionado e no final daquele mesmo dia pedi para passar um radiotelegrama ao escritório de Floriano que o encaminhava aos correios onde seria transmitido. Paralelamente fiz uma carta e já marcava a data em que deveria promover a mudança.


Em setembro de 1966, finalmente estávamos todos juntos (faltava o João), e após alguns dias da sua chegada, meu pai começou enfim no seu emprego prometido: “feitor” (ou inspetor de turma). Depois, sob a gestão do serviço social da COHEBE, que cedia os terrenos e dava orientações de saneamento básico mediante uma taxa irrisória, construímos uma casa do Coqueiro conforme as nossas posses na época, da qual todos vocês se lembram.


Como já havia planejado, no primeiro período de férias do meu pai, no final do ano de 1967 ele empreendeu uma viagem a Pedro II para ver seus pais e nosso irmão João que ainda morava com eles. Não preciso continuar esse capítulo da nossa história, porque exatamente neste ponto se encaixa a narração do João (transcrita no topo desse texto), e naquele final de 1967 os nossos irmãos já tinham idade e entendimento para recordar a trajetória dos nossos pais e deles mesmos, ademais em janeiro de 1968 eu fui transferido para o escritório de Teresina como todos sabem.
Espero ter contribuído com a história da nossa família até onde se inicia o entendimento e o conhecimento de todos vocês irmãos. Ainda quero observar, que tenho ouvido algumas manifestações dos meus irmãos a respeito da infância e adolescência de cada um deles (e da minha também). Como a nossa família teve uma trajetória em estilo "nômade", é natural que guardemos lembranças diferentes dos lugares da nossa infância. Cada um pode fazer suas observações, mas eu imagino que a minha infância ficou dividida entre o Pequizeiro e São Francisco, a Raimunda e a Rosa, no São Francisco e Campo Maior, os demais em Campo Maior, Boa Esperança e Teresina.


Brasília, maio 2012


_______________________________________________________________

Recordações.

Muita coisa na vida se distancia no tempo e por falta de registro a gente vai esquecendo aos poucos, mas de repente um fragmento de memória surge em meio as rotinas do dia a dia e aquelas coisas vividas em outras épocas vêm à tona com lembranças de fatos acontecidos no tempo que não se sonhava ainda com videos pessoais ou fotos de celular. Aqui vai o registro de um pequeno fragmento de memória, para que não se apague no tempo.
Navegando pelo Youtube, me deparei com uma música quase nunca ouvida nos dias atuais, mas que me tocou muito em razão das circunstâncias e do momento vivido. Foi numa noite de agosto de 1979 - não me recordo do dia precisamente -, em que eu e a minha família viajávamos pela BR-020 num automóvel Dodge Polara com destino à Brasília e São Paulo. O trecho de estrada em que trafegávamos era entre Mimoso do Oeste-BA (hoje Luís Eduardo Magalhães) e a divisa com o Estado de Goiás, onde planejávamos pernoitar. Naquele tempo não havia FM via satélite, e o rádio do carro estava sintonizado na Rádio Sociedade da Bahia, AM, era o que havia de melhor. Às vezes o som quase sumia, mas voltava forte e a música que mais chamou a atenção era cantada por Perla https://youtu.be/GqicI47jR1o , que durante a viagem naquela noite a estação repetiu por algumas vezes! Possivelmente era sucesso novo no rádio ou lançamento da cantora. Muito tempo depois eu comecei a perceber o quanto foi romântico viajar de carro naquela noite com a esposa, meus filhos e um irmão (Edvaldo), por uma estrada desconhecida, com pouquíssimos veículos trafegando, o que seria impraticável hoje em termos de segurança, mas naquele tempo ainda não se ouvia falar de violência e assalto nas estradas.
Postado há 1st September 2012 por Francisco Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário